O Ambulante Inconsciente

 O Ambulante Inconsciente

Muitos já viram a imagem de um rato em laboratório correndo em uma roda giratória com o objetivo de tentar escapar daquele local ou situação. Porém, por mais bem intencionado que seja, o rato, quem está de fora sabe que seu esforço nunca terá sucesso.

Também conhecida como corrida dos ratos, é uma expressão usada para se referir a pessoas que na intenção de excluir ou mudar determinados comportamentos ou atitudes concentra muito esforço, portanto não leva a lugar nem um.

São ações em cima de ações sem fim, autodestrutivas e inúteis por que a pessoa continua desperdiçando suas energias psíquicas, esforços inúteis como se fosse um rato em um laboratório correndo para escapar da roda giratória.

Essa analogia, usada no livro de Robert Kiyosaki e Sharon Lechter, Pai Rico, Pai Pobre, os autores relatam ações da mente, mas especificamente no campo da consciência e também do inconsciente.

O fato de vivermos atualmente em grandes metrópoles, a vida das pessoas tende a ser muito automatizada, com comportamentos e atitudes não racionais, como os ratos em um laboratório desperdiçando o que tem demais valioso o seu tempo, perdendo metade da vida, vivendo uma vida que não é sua, realizando sonhos dos outros, despendendo esforço intenso, correndo em um círculo vicioso.

E no final não atingimos objetivo nenhum, seja individual ou coletivo, e passamos a procrastinar tudo que nos acontece, vivemos em uma inconstância.

Assim como os ratos, o cérebro humano pode agir como uma roda giratória e por meio de nosso comportamento e atitudes, concentramos energia e usamos métodos errados para realizar mudança ou se livrar de problemas.

 Quando se refere a questões ligado à psique, não basta tentar resolver o problema, mudar pensamento ou comportamento olhando para a superfície.

Pensamento, comportamento e atitudes negativas não é o começo, geralmente já é um resultado de algumas coisas que antecedem.

Na maioria das vezes, nossas emoções são imprecisas e pelo corre, corre que geralmente vivemos como se fosse um analgésico que difícil saber o que realmente está se passando até surgir uma crise, ou comportamento indesejado.

Por estarmos em uma roda, muitos vivem à base de desejos e metas, para dar sentido enquanto está na corrida dos ratos. Como uns ambulantes inconscientes achamanos que a culpa é da ausência e nunca de si mesmo.

 A ausência, faz com que vivemos na busca incessante de bens ou status social. Normalmente são ações sequentes, uma atrás da outra, inconsciente atribuímos a falta/ ausência a causa e passamos a viver de e se, e seu conseguir um outro trabalho, e se eu fosse mais rico sobraria dinheiro no fim do mês.

Cá entre nós sabemos que se você não consegue gerenciar no pouco, dificilmente fará muito, e que só os outros são culpados e você a vítima, alguma está errado com certeza.

Autoreflexão será necessário, é um meio que permite compreender primeiramente a sí, e depois os outros, deixar de ser um ambulante inconsciente deve ser uma urgência para quem quer melhorar suas relações interpessoais.