O objeto de desejo dos dependentes
Se tornar um dependente emocional, envolve questões ligadas com os genitores ou cuidadores no contexto de criação, além de, ações que o acompanham ao longo da infância, muitas vezes estes crescem sem o afeto dos pais. A partir disso, se estabelece uma busca desejo, amor ou reconhecimento negado.
Quando adultos, os dependentes escolhem sempre um tipo ou perfis de parceiro que de maneira nenhuma é fruto do acaso ou azar, mas sim, de uma busca por parte do mesmo.
A dependência
emocional, faz com que o dependente crie
uma ligação com o objeto de dependência de modo que ocorre uma
necessidade constante de aprovação e o medo de ser abandonado. Vivem em uma
“cegueira afetiva” inconsciente. Os objetos de desejo dos dependentes têm como
características:
·
Parceiro com o desejo
de serem idealizadas, ao se relacionar com esse tipo de pessoas, o dependente é
atraído por pessoa que se sentem superior (não é de conhecimento intelectual ou
bens), geralmente é alguém com uma autoestima elevada e uma autoconfiança de si.
Nessas pessoas, eles(as) buscam o que lhes falta, o “amor próprio.
·
Parceiro narcisista, são
pessoas que costumam ser egocêntricas, manipuladoras e sem empatia. Pessoas
frias com difícil acesso e se veem como grandiosos e merecedores de todos os
privilégios.
·
Parceiro dominante, apresenta-se
com um narcisismo tão elevado que requer do outro uma subordinação. Aparenta-se
uma relação perfeita, pelo fato de o dependente emocional geralmente com
autoestima baixa, não ofuscar o seu companheiro, mas pelo contrário o admira,
faz elogios e exalta constantemente.
As escolhas do objeto
a dependência não é fruto de um azar ou má escolhas é um desejo ou
encabeçado por suas carências. Chega ao ponto que a pessoa pode até sofrer
maus-tratos e humilhação, ainda assim, usa várias desculpas como justificativa.
Ninguém escolhe ser um dependente, as pessoas tornam-se dependentes. Fato é que os dependentes são guiados pelo inconsciente, ou seja, na maioria dos casos não tem noção do tipo de vida, escolhas ou comportamento.
“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamar isso de destino”. Carl G. Jung
Seria como se a pessoa estivesse em modo de piloto automático na sua vida e isso pode dar-se por muitos anos. Dentro do relacionamento a pessoa culpa-se por causa das suas escolhas ou diz que tem “dedo podre” em escolher um parceiro.
Isenta os outros da culpa, procura justificar e carrega a
culpa sozinha. Usando frases como: deixar as coisas para lá, não quero
confusão. Desse modo acaba se anulando e vivendo pelos outros.
Entretanto, não tem nada a ver com isso, não trata-se de não saber escolher ou sorte, é comum também as pessoas que passam por problemas no relacionamento dizerem frases como “eu só pego pessoas que não prestam” ou o/a não “presta”.
Deixam passar um ponto importante para compreender o contexto todo, fazer uma autorreflexão, para compreender do por que você tem atraído certos tipos de pessoa? Talvez um dia você perceba que há sim no seu interior o desejo e a busca por pessoas que possam preencher uma falta, desejo de ser amada ou ser vista.
A melhor forma de termos relacionamentos saudáveis é usar a máxima dos antigos gregos, “conhece-te a ti mesmo”. Refletir sobre suas ações, comportamento, crescimento pessoal, procurar melhorar a autoestima, não ter medo de mudanças e fazer terapia.
Ver também: Dependência Emocional: o que é, sinais e perfis?
1 Comentários
Interessante, não sabia muito sobre, útil
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